Francisco disse que fiéis devem pedir a Deus a graça de sentir o desejo de realizar a Sua vontade
Da Redação, com Rádio Vaticano
É preciso rezar a Deus e pedir-Lhe, todos os dias, a graça de entender a Sua vontade e de realizá-la completamente. Este é o ensinamento que o Papa Francisco ofereceu, na homilia da manhã desta terça-feira, 27, na Casa Santa Marta.
O Santo Padre lembrou a lei antiga feita de prescrições e proibições, de sacrificar animais, o que não tinha a força de fazer justiça nem perdoar os pecados. Cristo demonstrou que o sacrifício que mais agrada o Senhor é a oferta da própria vontade para fazer a vontade d’Ele.
As leituras e o Salmo do dia conduziram a reflexão de Francisco a respeito de um dos sustentáculos da fé: a obediência à vontade de Deus. Esta, afirma o Papa, é a estrada da santidade, do cristão para que o plano do Senhor seja realizado.
“O contrário teve início no Paraíso, com a desobediência de Adão. E aquela desobediência trouxe mal a toda a humanidade. Os pecados também são atos de desobediência a Deus, de não fazer a vontade d’Ele. O Senhor, em vez disso, nos ensina que esta é a estrada e que não há outra. E começa com Jesus, sim, nos Céus, na vontade de obedecer ao Pai. Mas na terra começa com Maria: ela, o que disse ao Anjo? ‘Que seja feito aquilo que dizes’, isso quer dizer, que seja feita a vontade de Deus. E com este ‘sim’ ao Senhor, Ele deu início ao seu percurso entre nós”.
Francisco reconheceu que não é fácil realizar a vontade de Deus. Para o próprio Jesus não foi fácil ser tentado no deserto e no Horto das Oliveiras. Também não foi fácil para alguns discípulos que acabaram deixando Jesus, porque não entenderam o que significava “fazer a vontade do Pai”. E da mesma forma, não é fácil para o homem de hoje fazer a vontade de Deus.
“Eu rezo para que o Senhor me dê a vontade de fazer a vontade d’Ele ou busco acordos, porque tenho medo da vontade de Deus? Outra coisa: devo rezar para conhecer essa vontade do Pai em relação a mim e a minha vida, sobre a decisão que devo tomar agora, sobre a maneira de administrar as coisas”.
O Papa resumiu a homilia destacando essa necessidade de oração: rezar para sentir a vontade de seguir a vontade de Deus, rezar para conhecer essa vontade e realizá-la.
“Que o Senhor nos dê a graça, a todos nós, para que um dia possa dizer de nós aquilo que disse daquele grupo, daquela multidão que o seguia, daqueles que estavam sentados a seu redor, como ouvimos no Evangelho: ‘Eis minha mãe e os meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus é para mim irmão, irmã e mãe’. Fazer a vontade de Deus nos faz ser parte da família de Jesus, nos faz mãe, pai, irmã e irmão”.
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