Francisco disse que as crianças são um dom para a humanidade; sociedade sem elas é triste e cinza
Jéssica Marçal
Da Redação
Da Redação
Milhares de pessoas participaram, na manhã desta quarta-feira, 18, da audiência geral com o Papa Francisco, que, desta vez, foi dedicada às crianças. O Pontífice disse que elas são um dom para a humanidade, mas, às vezes, são também as grandes excluídas, pois nem sempre as deixam nascer.
Francisco começou falando da relação entre as crianças e Deus, destacando o fato curioso de que elas não têm problemas para entender o Senhor. Depois, recordou que todas as pessoas sempre permanecem com a identidade de filho, mesmo se já são adultos ou idosos, o que faz lembrar que a vida é um presente recebido.
“É motivo de grande alegria sentir que em cada idade da vida, em cada situação, em cada condição social, somos e permanecemos filhos. Esta é a principal mensagem que as crianças nos dão, com a sua própria presença”.
O Santo Padre mencionou algumas das riquezas que as crianças levam para a humanidade, como o olhar confiante e puro com o qual enxergam a realidade, a confiança espontânea nos pais e o fato de não serem contaminadas pela malícia, não terem o coração endurecido. Além disso, o Pontífice lembrou a capacidade das crianças de receber e dar ternura, de sorrir e de chorar.
O Papa contou ainda como é a reação de algumas crianças quando ele vai abraçá-las: “Algumas sorriem, outras me veem de branco e acreditam que eu sou um médico e vim vaciná-las, e choram… mas espontaneamente! As crianças são assim! Sorriem e choram, duas coisas que em nós adultos muitas vezes ‘são bloqueadas’, não somos mais capazes…”.
Na conclusão, Francisco recordou que certamente as crianças também trazem preocupações e problemas, mas é melhor uma sociedade assim, com essas preocupações, do que uma sociedade triste e cinza, porque não tem crianças.
“Quando vemos que o índice de nascimento de uma sociedade chega a apenas um por cento, podemos dizer que essa sociedade é triste, é cinza, porque permanece sem crianças”.
Francisco já anunciou que, na catequese da próxima semana, vai falar sobre algumas feridas que fazem mal à infância.
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